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  1. Os 12 trabalhos de Jobs

    Friday, February 09, 2007

    (publicado no Alto-Falante)

    Não é segredo pra ninguém que o Steve Jobs é um gênio. Em dezembro passado, saiu na Revista Época uma ótima matéria que comparava o Vale do Silí­cio à Florença do Renascimento. Pois bem, se é assim, então Steve Jobs é o Leonardo da Vinci do século 21.

    É de senso comum que os grandes gênios da humanidade enxergam o óbvio. E foi só isso que Jobs fez no manifesto que publicou no site da Apple anteontem. A argumentação e a proposta de Jobs são coisas que todo mundo já pensou. No entanto, é muito diferente quando o CEO de uma empresa como a Apple ressalta o problema. O homem que viveu a época do amor livre, agora luta pela música digital livre.

    No texto em questão, Steve simplesmente mostrou como é incongruente e contraditório que as quatro maiores gravadoras do mundo obriguem as lojas virtuais (como a do iTunes) a comercializarem músicas protegidas por um aparato tecnológico que impeça o seu compartilhamento, quando os próprios CDs vendidos pelas mesmas gravadoras não adotam tal sistema.

    Qualquer um que possui um MP3 player já o alimentou com músicas de seus discos preferidos. A tarefa é de uma simplicidade absurda: basta colocar o CD no computador e usar um software para digitalizá-las. Porque, então, as lojas virtuais têm a obrigação de desenvolver softwares complexos que irão dificultar a pirataria da música? Afinal de contas, quem quiser compartilhar os seus discos de maneira ilegal pode fazê-lo facilmente e quem compra música pela internet, normalmente, não está interessado nesse tipo de prática.

    O mecanismo de proteção exigido pelas gravadoras, só prejudica o consumidor e restringe o seu acesso aos catálogos das lojas, colocando-o dependente da marca do seu player. Quem possui o iPod tem que comprar músicas pelo iTunes, quem tem o Zune, deve comprar músicas pela loja da Microsoft. Isso faz com que o consumidor fique preso em um monopólio que, segundo Steve Jobs, é involuntário e indesejado. Ora, se o dono da empresa não quer monopolizar o mercado, porque ele deveria?

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